O filme foi incrível! Realmente interessante, apesar de no final dele levar uma bronca de meus pais porque falei durante o filme inteiro... Mas é que sou daquele tipo que fala demais, entende? Bem, já que minha última escrita foi um tanto rápida, vou explicar porque resolvi tornar meu blog em um''diário temporário''. Acontece que minha mãe ainda não me deu um diário oficial como quero, então para uma pessoa como eu onde se passam tantos pensamentos esperar até ganhar o papel é muito frustrante. Resolvi tornar isto aqui, um lugar onde eu possa fazer confissões, sem ninguém criticar ou reclamar(já que ninguém comenta). Prefiro te tornar uma amiga, uma verdadeira, com quem possa falar de tudo, alguém que me entenderá e enxergará, mesmo quando estiver invisível. Para ser mais clara, já que ninguém vai acreditar que uma garota de treze anos é completamente sozinha no mundo, vou dizer que não tenho uma pessoa que seja realmente um amigo. Tenho várias pessoas que posso chamar de amigos, pais que amo, uma irmã de dezessete anos, um ''namorado'', alguns admiradores que não conseguem esconder de que estão apaixonados por mim, e o resto de uma grande família com descendência em árabe. Mas mesmo com todos, às vezes me sinto em uma sala enorme gritando com toda a minha força e ninguém escuta! Nem sequer se importa. Preciso de alguém que realmente me entenda. Tenho certeza de que você será esse alguém, também acho que será uma incrível fonte de ajuda e consolo, onde possa desabar meus pensamentos sem ser criticada. Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém.
Talvez já tenha percebido que sou fã de Anne Frank, se não, bem, me identifico muito com ela, acho que se estivesse viva, seríamos grandes amigas, portanto, acho que nada melhor que lhe dar o nome de Anne, afinal, ''Querido diário'' é muito brega e antiquado. Como diz o ditado, ''O papel tem mais paciência que os humanos''. E como tem. Aqui posso ser eu mesma. E eu mesma agora vou falar de nada mais que MIM. Eu nasci em 2000, infelizmente, dia 26 de Fevereiro. Adoro meu signo, Peixes. Cor favorita, rosa. Banda favorita: Beatles. Livro favorito: Harry Potter. Não tenho meu sonhado cachorro.
Disse que tenho pais, então vou começar com Mamãe com quem me dou muito bem. Ela é Sumaia Haddad, nasceu em 16 de Julho de 1969. Ela sempre me dá conselhos, mas às vezes é muito protetora. Mas é claro que ela tem que se preocupar comigo. Brigamos bastante ultimamente, falo muito como ela e somos muito teimosas. Ela acabou de se tornar professora do Colégio Pedro II, e estou muito orgulhosa disso. O que mais odeio nela é que vive falando de que está cansada disto ou daquilo ou sobre dinheiro. Como ela exagera! Mas, é muito carinhosa. Já meu pai, André Vilhena, é muito lerdo para... Certas coisas. Nasceu em 19 de Setembro de 1968. Somos os dois impacientes e sempre achamos que estamos certos. Ela é o mais brincalhão da família, de lá pra cá me faz ataques de cosquinha! É um homem muito culto, sempre me previne das coisas,e me ensina algo a cada dia. O que mais gosto é que ele é motoqueiro. Me leva de moto à escola, não me envergonho, afinal, há muitos que gostariam de ter um pai assim. Ele é lindo! Sempre foi. E tem uma ótima mão para fazer sanduíches, pizzas, churrasco e seu famoso salmão. Como dizem, as mães geralmente são melhores em tudo, mas os pais são aqueles que nos incentivam a coisas novas e que nos ensinam a vida, são ótimos para dar coragem. Meu pai me deu meu primeiro violão.
Minha irmã, Giulia Haddad Vilhena, é uma chata. Nasceu no Rio em 13 de Julho de 1996. Nos divertimos muito. Eu sempre uso as roupas dela. Eu a acho um pouco metida, não somos muito parecidas... Ela boa em Matemática, eu não. Ela é ótima em esportes, eu não. Ela sabe desenhar muito bem, eu não. Eu danço Ballet, ela não. Eu faço teatro, ela não. Eu gosto de Rock e ela não. Por ai vai. O que mais gosto em ter uma irmã é que eu sei que ela já passou por tudo que eu passo. Sempre é usada como exemplos e sempre será a melhor fonte do meu passado, assim como aquela de quem vou precisar no futuro.
Papai e mamãe se conhecem desde crianças, eram vizinhos e estudavam juntos. Começaram a namorar com doze anos e terminaram com quatorze. Eu nunca entendi bem esta história deles, portanto outro dia vou falar mais disso. Sei que voltaram a namorar sério com dezessete anos e todos os amigos deles de hoje, eram amigos daquela época. Vejo como eles tiravam fotos antigamente, às vezes eram boas, às vezes eram mal tiradas, porque nem sempre as pessoas sabem que estão sendo fotografadas, isso torna estas fotos engraçadas. Por que nós sorrimos nas fotos? É certo que estamos felizes mas por que? Para que quando estivermos tristes olhando aquelas fotos dos bons tempo pensar: Nossa, como eu estava feliz! Não faz muito sentido, não?
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